quinta-feira, 17 de julho de 2008

Ela chorava

Não sei a razão mas ela chorava, silenciosamente, no quarto. Hão havia motivos aparentes para o pranto, mas ele era fluido.

Olhei nos olhos dela, inquirindo em silêncio a causa de tantas lágrimas. Ela respondeu sem eu dizer uma única palavra: a angústia pela espera do resultado do vestibular da UFOP a consumia de forma cruel. Ela queria muito ser aprovada mas não tinha certeza disso. O futuro era cruel com tanta gente que sonha com dias melhores mas não vê como chegar ao topo.

Eu respondia com carinho que tudo nesta vida ocorre na data certa e que o pior inimigo do ser humano é exatamente a angústia, que advém da preocupação. Que ela se acalmasse porque a vida precisa ser vivida um dia de cada vez...

E ela adormeceu...

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