segunda-feira, 12 de julho de 2010

Mércia, Eliza e tantas outras

Os acadêmicos de todo o Brasil deviam ir para as ruas e questionar os transeuntes uma única pergunta: o que é o amor? Provavelmente, teríamos muitas respostas diferentes e nenhuma responderia de fato o que é o amor.
Por amor, homem invadiu salão de beleza e matou a esposa com sete tiros. Outro pôs fogo no corpo da ex-noiva, que era modelo, e desfigurou-a. Outro matou, esquartejou e jogou as partes no Tietê. Outro ainda pôs fogo no corpo e assim por diante.
É dicotômica a ideia de que amar pressupóe odiar ou matar. Mais estranho ainda é a estraatégia argumetnativa de que o ser amado nos pertence, é nosso.
Amor deve pressupor respeito, carinho, atenção e principalmente liberdade. Gosto muito da metáfora do passarinho na árvore. Pássaro canta feliz na árvore, na gaiola ele chora. Sim, o ser amado é mais feliz quando livre. Livre, ele nos ama de forma total enquanto sabemos que só pelo fato de estar ao nosso lado sem qualquer obrigação nos faz sentirmos mais felizes.
Se hoje temos crises, a principal dela é a o amor. Basta abrir os jornais ou ligarmos a TV e veremos os inúmeros crimes vinculados a questões amorosas. Enquanto isso, nos esquecemos de que amor é palavra abrangente e que não deve ser analisado apenas sobre o sentimento que liga um homem a uma mulher ou vice-versa. Amamos os amigos, os pais, os filhos, os bichos de estimação, as flores, o nosso jardim, os nossos professores, os livros, o tema de nossa pesquisa, Deus e assim por diante. Amor é substantivo abstrato e palavra muito complexa...