segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

caçadora de lesmas africanas

Conta-se que um empresário da cidade de Ouro Preto trouxera alguns scargots para servir a seus clientes mas o prato fora rejeitado. Sem saber o que fazer com os bichos, os liberara na mata e se esquecera deles. O detalhe é que as lesmas verdes cruzaram com as da região criando uma espécie de lesma (aqui chamada de africana) e que resiste à cal, ao sal e até a produtos veterinários. Todos os anos, no verão chuvoso dessa região montanhosa, elas surgem em todos os pontos e devoram tudo o que é verde e vivo que encontram. Já houve noites quando pude caçar cerca de 180 (cento e oitenta) desses remelentos e rastejantes animais para sacrificar.
Um profissional da UFV - Universidade Federal de Viçosa - me disse um dia que elas sentem os odores das irmãs mortas e não retornam áquele lugar. Passei, então, a queimá-las com álcool comum em um vasilhame de alumínio, deixando os cadáveres espalhados aqui e ali. De fato, diminuiu muito o número desses bichos em minha horta e quintal.
Desculpe-me a sociedade protetora dos animais mas eu tenho que matar as lesmas ou elas vão me levar a morar num deserto. Todas as residências do bairro onde resido vivem com o problema e não sabem mais o que fazer. Quando me questionam a respeito, digo simplesmente a eles que as transformem em torresmos.

sábado, 24 de janeiro de 2009

ODE À INCOERÊNCIA

Chega de ser shakespeariano
de ser ou não ser, de ter ou não ter...
Vivamos a guerra ou durmamos em paz
mas não admitamos um cessar fogo temporário
e inconvenientemente político...
Se tu me amas, diz-me a respeito
Se tu me odeias, deixa-me saber
é melhor ser considerado crítico
que incoerente feito gelatina
que adocica a vida sempre
mas não é sólida bem líquida.

O vendedor de sonhos

Após ler o bestseller "O vendedor de sonhos" de autoria de Augusto Cury, fiquei extremamente emocionada. Faz bastante tempo que não leio algo assim, positivo, poderoso e real. Estamos muito acostumados a viver num mundo onde a hipocrisia reside e fingimos fechar os olhos para não ver a realidade que nos cerca. A obra nos alerta sobre a rigidez de nossos paradigmas e também de nossas avaliações quanto os outros. Vale a pena ler.