segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

caçadora de lesmas africanas

Conta-se que um empresário da cidade de Ouro Preto trouxera alguns scargots para servir a seus clientes mas o prato fora rejeitado. Sem saber o que fazer com os bichos, os liberara na mata e se esquecera deles. O detalhe é que as lesmas verdes cruzaram com as da região criando uma espécie de lesma (aqui chamada de africana) e que resiste à cal, ao sal e até a produtos veterinários. Todos os anos, no verão chuvoso dessa região montanhosa, elas surgem em todos os pontos e devoram tudo o que é verde e vivo que encontram. Já houve noites quando pude caçar cerca de 180 (cento e oitenta) desses remelentos e rastejantes animais para sacrificar.
Um profissional da UFV - Universidade Federal de Viçosa - me disse um dia que elas sentem os odores das irmãs mortas e não retornam áquele lugar. Passei, então, a queimá-las com álcool comum em um vasilhame de alumínio, deixando os cadáveres espalhados aqui e ali. De fato, diminuiu muito o número desses bichos em minha horta e quintal.
Desculpe-me a sociedade protetora dos animais mas eu tenho que matar as lesmas ou elas vão me levar a morar num deserto. Todas as residências do bairro onde resido vivem com o problema e não sabem mais o que fazer. Quando me questionam a respeito, digo simplesmente a eles que as transformem em torresmos.

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